Ao meio-dia
As Parcas:
repara a que tece o fio.
A que mede o fio,
e a que empunha a tesoura
para cortá-lo.
Tu, em frente ao espelho,
cujos cabelos embranquecem
na quadra do meio-dia
– tu, fantasma –
o que fizeste do teu tempo, dos teus dons
em amor e em trabalho,
em ócio e alegria?