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Centro de microscopia eletrônica

Vimos o deus cilíndrico no meio da sala.
Ereto, no meio da sala,
o grande totem metálico.
Entramos em silêncio na caverna,
os sacerdotes cumpriam os ritos.
Falava-se baixo em torno da divindade.

E víamos a trípode, a pítia,
os vapores alucinantes...
E aguardávamos que se anunciasse.
Mas era uma vigia de vidro,
Um pequeno écran circular, 

Quando o mágico rasga o véu: de um ponto
desdobra esse mapa com seus dizeres:
ramalhetes de mitocôndrias,
cachos de vesículas,
as muralhas sinuosas das membranas,
a célula – esse filme verde, em câmara lenta.
Do fundo da matéria,
o deus desentranha a verdade silente
– esse fluir constante de repuxos.


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