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Estrangeira na fímbria do bosque

Estrangeira na fímbria do bosque,
passante de rosto líquido entre pinheiros.
Pisas o chão com teus pés de não pisar,
chegas à frente dos portões sem chegar,
cruzas umbrais sem cruzá-los.
Estrangeira na fímbria do bosque,
ninfa transparente e não pertencente a nada.
Observas do alto da colina
os casais que plantam juntos seus jardins.
E sem ser vista, viras as costas a passos lentos
e desces a encosta pensativa.


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