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Tenho saudades do que nunca fiz
Tenho saudades do que nunca fiz,
de um outro eu que não cheguei a ser,
do que podia pensar que faria
no dia seguinte, ao amanhecer.
Quando o sonho se achava ao meu dispor,
amanhã era o tempo de viver.
No espaço que há entre o pensar e o agir,
nesse espaço, desenvolvi meu ser.
Onde estão os futuros que sonhei?
Fui horizontes, como toda gente.
Saudades – de viagens? Da janela
aberta sobre o mar, à minha frente.